Frases sobre Dom Jorge

 

 

 

 

“Senhor que meu coração aflito a chorar de tanto ter vivido. Senhor, que todo o meu eu se acabe assim, diante de Ti, do teu altar no mundo, e comece depois o canto sem fim da vida que também diante de Ti não terá fim.” (Dom Jorge, 1948, “33 anos”)

 

“Impressionou-me vivamente a massa dos operários à hora da saída das fábricas. Para eles é que porei o maior empenho de meu trabalho de bispo. Creio, firmemente, que a ação mais urgente no seio das classes operárias, é aquela que mostra o Cristo Salvador e aponta o Céu. É aquela que lembra ao homem, sejam quais forem as suas condições sociais ou econômicas, a responsabilidade e a dignidade da pessoa humana.” (Dom Jorge, sobre a Diocese ao ser criada, 1º de setembro de 1954)

 

“Ó meu Jesus, que vosso último suspiro, entrada dolorosa nos domínios da morte, guarde minha vida para a Vida Eterna. Amém.” (Dom Jorge, 3 de fevereiro de 1956)

 

“O macacão que agora envolve as minhas vestes de bispo não traz nada de novo ao meu coração. Como um símbolo magnífico de operário que se gasta no recinto da fábrica, frente à maquina, ele já mora dentro de mim. Já vive no meu coração!” (Dom Jorge, em agradecimento ao macacão que recebeu dos operários da Tecelagem Ipiranguinha, 10 de agosto de 1958).

 

“Queremos que ao homem que trabalha não se aplique a lei da oferta e da procura, na sua mais detestável expressão tal como acontece hoje em cada dia quando se despedem adultos, chefes de família, para dar emprego aos menores que ganham a metade do salário de seus pais.” (Dom Jorge, 10 de agosto de 1958)

 

“Vamos fazer uma greve cristã que seja tão sedutora para os operários quanto a mensagem dos comunistas. A greve tem que ser feita pelo respeito à dignidade humana, tão diferente da greve-revolta, da greve-ódio. A consciência é a coisa mais intocável que há. Não pode haver paz quando há compra de consciência.” (Dom Jorge, 30 de novembro de 1960)

 

“Não compete ao padre mirar um lugar na política, na defesa dos interesses de classe e dos interesses do povo aos homens que devem representá-los. Cabe ao padre ser pregador da Palavra de Deus, e ao pregador da Palavra de Deus só há uma recompensa, uma recompensa condicionada a deixar tudo neste mundo: é a recompensa do céu! Costumo responder então que, humildemente, de fato, eu sou candidato, mas sou candidato a este céu que depressa se avizinha de nós! Sou candidato a um mundo melhor aqui na terra! Sou candidato a um Estado de São Paulo mais pacificado! Sou candidato a uma ordem social em que os homens não morram de fome na sarjeta de nossas ruas!… Sou candidato a ver um mundo melhor, um mundo dos homens que se amam e se respeitam no fundo dos olhos! Sou candidato ao mundo onde o trabalho represente a atividade normal e construtiva dos homens para o bem comum!” (Dom Jorge, 26 de junho de 1961)

 

“Não sou comunista, não sou esquerdista, não tenho política partidária. Sou católico apostólico romano. E tenho compromissos com Deus e com a minha Igreja de pregar a verdade pois, como dizia Jesus Cristo, só a verdade salvará os homens.” (Dom Jorge, 1966)

 

“A oração para nós cristãos está colocada como uma fonte de energia que ampara com a graça divina, o nosso trabalho. Ela é indispensável em sua maior intensidade, à vida da Igreja.” (Dom Jorge, em entrevista, em 1970)

 

“Quanto mais o sábio se aprofunda na ciência, tanto mais se aproxima de Deus. Quanto mais o homem se aproxima do Homem e o ama, mais e mais se aproxima do Criador.” (Dom Jorge, 1970)

 

“O que desejamos, porém é que o padre, o estudante de seminário, o religioso imponham respeito não pelo hábito ou pela sotaina, mas por sua maneira de viver, por seus hábitos de vida.” (Dom Jorge, sobre a batina e o clegyman, 1970)

 

“O grande resultado do Concílio foi a maior aproximação do homem consagrado ao apostolado, retido, antes, em maiores limitações, do Povo de Deus, do qual ele também faz parte.” (Dom Jorge, 1970)

 

“A Igreja não tem assim um regime especial: ela quer um regime de justiça.” (Dom Jorge, 28 de outubro de 1979)

 

“Qual a minha maior vitória? Se é que se pode falar assim, minha maior vitória foi ver engrandecido esse ideal de defender os pobres, os assalariados, os operários, todos aqueles que precisam.” (Dom Jorge, 19 de setembro de 1981)

 

“A vida do operário para mim é uma vida de amor, eu acho que o operário, por mais humilde que seja, tem direito a amar.” (Dom Jorge, maio de 1984)

 

“Eu acho que a Igreja não pode liderar nada a não ser no campo religioso, dentro das limitações evangélicas. Então eu nunca aceitei ser líder de nada. Eu aceitava ser um explicitador, uma pessoa que transmitisse a notícia, eu podia ir a uma reunião do sindicato, mas eu não dava orientação para o sindicato, eu não orientava os operários, mas alimentava tudo aquilo que havia de bom nos operários.” (Dom Jorge, 11/07/84)

 

“Como eu era visto pelos operários? Muitos viam em mim um amigo, amigo deles e outros ligados a determinados partidos e a determinados grupos dominantes que viam em mim uma ameaça para a permanência dos grupos políticos. E isso era terrível!”. (Dom Jorge, 11 de julho de 1984).

 

“O amor nosso para com Deus, o amor dos filhos para com seus pais é amor de piedade. O amor dos ausentes é saudade. O amor desejo é esperança. O amor para com os que sofrem é amor de misericórdia. O amor entre os que se igualam no encanto da unidade é o “amor amicitiae”, o amor de amigos!” (Dom Jorge, 10 de novembro de 1985, seus 70 anos)

 

“O plano cristão e da Igreja, de opção preferencial pelos pobres, não o é para nosso proveito, para nosso benefício, das classes melhor aquinhoadas. Sua finalidade é restaurar o ideal do Senhor Jesus, o Reino de Deus, que é o da Justiça, Amor e Paz.” (Dom Jorge, 23 de abril de 1989)

 

“É necessário insistir em que o papa, os bispos, padres e ministros não são a Igreja, nem sua parte principal. Eles integram a Igreja como seus servidores, mas Igreja mesmo é o povo que Cristo reuniu e que, hoje, por ele, continua a ser reunido.” (Dom Jorge, maio de 1989)

 

“A Igreja não tem tropas armadas, mas tem a palavra iluminada pelo Espírito da Verdade, que pede prestação de contas da verdade em toda a sua amplidão, máxima na amplidão da Justiça.” (Dom Jorge, 27 de maio de 1989)

 

FRASES SOBRE DOM JORGE MARCOS, NOSSO PRIMEIRO BISPO

 

“Infelizmente se confirma: D. Jorge com enfarte. Não duvido que ele se tenha oferecido pelo Concílio, enfim acredito que ele se restabeleça.” (Dom Hélder Câmara, na primeira sessão do Vaticano II, 19 de novembro de 1962)

 

“Essa luta desarmada de Dom Jorge Marcos de Oliveira, em Santo André, é um modelo da vida episcopal do século XX, baseada na ação pela oração e pela imolação.” (Alceu Amoroso Lima, “Tristão de Atayde, agosto de 1963)

 

“Dom Jorge foi um grande pastor, que marcou nossa diocese intensamente. Zeloso e inteligente, bondoso, cheio de caridade e arguto no discernimento, acompanhou este Grande ABC em todo o seu explosivo crescimento industrial e demográfico. Fez com que a Igreja marcasse presença significativa na história dessa região. Deu à nossa diocese uma identidade: a de ser uma Igreja comprometida com a defesa dos direitos dos trabalhadores e dos pobres, especialmente das crianças carentes.” (Dom Cláudio Hummes, 29 de maio de 1989)

 

“Falar de Dom Jorge é falar da grandeza de quem viveu a caridade apostólica até o fim. Homem de fé e coração generoso, Dom Jorge era um homem cheio de ideal sacerdotal. Na sua caridade apostólica assumiu na Diocese de Santo André e também no Brasil, a luta em defesa dos trabalhadores. Participou de inúmeras greves como grande conciliador entre o trabalho e o capital. Não era agitador e sim defensor intrépido do trabalhador e do pobre.” (Côn. Belisário Elias de Sousa, 30 de maio de 1989)

 

“Dom Jorge foi perseguido em todos os sentidos porque queria defender os operários e as pessoas que não tinham conforto. Ele amava os operários a ponto de sofrer sozinho por eles. O mesmo ele sentia pelas crianças a quem foi tão dedicado. Caluniado pela imprensa e por outros órgãos de todas as maneiras, porque ele apenas queria defender o operário e aqueles que não tinham carinho e nem condições de sobreviver. Ele tinha esperança. A esperança que o Brasil tem a obrigação de oferecer ao povo.” (Dom Paulo Evaristo, Cardeal Arns, 30 de maio de 1989)

 

 

 

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